{res#4} 2* dia (co)laboratório de roteiro com Renato Eugênio

2º Dia

  •   SITUAÇÃO DRAMÁTICA:

 A necessidade dos personagens.

 

REFERÊNCIA

    – Sequência Inicial Cidade de Deus (Filme Completo Youtube)

      Dialogo de Busca-Pé revela a necessidade dele de fazer uma foto do bandido.

 

    – The Big Lebowski

    Após narração de apresentação do personagem, capangas de Jack Threehorn mijam no tapete de Lebowski e cobram uma divida. Os capangas descobrem que estão com o Lebowski errado (há um outro Lebowski em L.A.). Dude (Lebowski), inconformado pelo seu tapete, é convencido por seus amigos a cobrar um tapete novo do Sr. Lebowski. Lebowski tem a necessidade de um tapete novo

 

 

OS GÊNEROS NARRATIVOS

Lírico, Épico e Dramático

 

  • FORMAS NÃO DRAMÁTICAS

Lírico e Épico

 

REFERÊNCIA

 Épico

 - Goodfellas (5:45)

 O narrador nessa sequência de Goodfellas é usado de forma a comentar o que está fora de cena. Henry narra sua infância e como começou trabalhar para a máfia até que abandona a escola. A sequencia segue com imagens de seu pai interrogando-o sobre a escola e por fim aplica-lhe uma surra. Durante a surra, Henry não narra o que acontece, ele praticamente diz que seu pai era um coitado e descontou sua frustração nele. Se tirássemos a narração ainda entenderíamos.

Lírico

 - The Big Lebowski (29:30)

      Dude está deitado em seu tapete ouvindo gravações de suas partidas de boliche. Abre os olhos e percebe Maude e uns capangas olhando para ele. Ao tomar um soco, Dude desacorda. A sequência a seguir é lírica que representa os sonhos de Dude.

    

       ATIVIDADE

- Crie uma cena usando a forma épica, usando o narrador de forma que ele conte além da cena.

- Crie uma cena e uma situação em que o personagem se encontra em um momento lírico.

 

  •  OS 4 GÊNEROS DRAMÁTICOS

   -Melodrama

“O personagem é isolado do congraçamento social, e nós, espectadores, compartilhamos o seu ponto de vista, o seu sofrimento. Esse isolamento é simbólico, pode acontecer de várias formas. (…) O mundo se contrapõe ao “herói” do melodrama como um bloco opaco, incompreensível e cruel que se abate sobre ele com a força cega e total de uma tempestade.” - Manuel, O primo pobre dos manuais de cinema e tv; Leandro Saraiva e Newton Cannito


     – Farsa

Segundo Lumet, “a farsa é o equivalente cômico do melodrama”. (…) O desenvolvimento de uma farsa não é um contínuo desdobramento de um mesmo sistema de forças, mas uma sempre surpreendente sucessão de situações novas e arranjos. - Manuel, O primo pobre dos manuais de cinema e tv; Leandro Saraiva e Newton Cannito

 

    

 

- Tragédia

“A tragédia é composta pelo desenrolar implacável de uma situação dramática que não permite solução. Tal como no melodrama, um homem se verá sozinho, isolado do congraçamento social. Mas, diferentemente de lá, o universo não será uma conspiração perversa que o vitimizará, e nós não estaremos identificados, e enclausurados, na perspectiva da vítima. (…) Na tragédia, o personagem não sofre as ações do mundo, ele age sobre o mundo. Passamos da voz passiva à ativa.” - Manuel, O primo pobre dos manuais de cinema e tv; Leandro Saraiva e Newton Cannito

 

     – Comédia

“…a comédia é o desenvolvimento de uma situação dramática, com unidade, que chega a um reequilíbrio conciliado (um final feliz, uma festa de reconciliação). (…) Se não houver uma situação dramática e progressão unitária, teremos ou um melodrama ou uma farsa.” - Manuel, O primo pobre dos manuais de cinema e tv; Leandro Saraiva e Newton Cannito

 

  • DESCONFIE DAS FORMAS

“Os jovens percebem o mundo como reflexos num espelho estilhaçado, ou surfam pelos canais de televisão cortando por si só as histórias, ou assistem às histórias picotadas para eles pelas edições em estilo MTV. Estão acostumados a fazer um malabarismo com os diálogos das histórias, os períodos de tempo e os gêneros numa velocidade desconcertante. Por causa da natureza arquivista da televisão, constantemente misturando imagens e eras, os jovens pós-modernos vivem uma multiplicidade de estilos. Essa geração consegue se habituar com tendências que vão dos hippies dos anos 1960 aos fanáticos por heavy metal, dos caubóis aos surfistas, dos gangsta aos grunges e aos WASP, a elite branca americana. Eles dominam idiomas e atitudes de todas essas opções e até mais. Em seus computadores multimídia-interativos, ficam à vontade selecionando fragmentos aleatórios de entretenimento e informação, sem se preocuparem com as antigas noções de tempo e seqüência.” -  Christopher Vogler – A jornada do escritor, sobre Pulp Fiction

 

ATIVIDADE

Crie pequenos argumentos aplicando os tratamentos dos gêneros dramáticos.

 

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