![Jornada+do+Herói_thumb[5][1]](http://www.casadaarvore.art.br/res-telinha/blog/wp-content/uploads/2012/05/Jornada+do+Herói_thumb51.jpg)
{res#4} 1* dia (co)laboratório de roteiro com Renato Eugênio
Conteúdo de Apoio para a Oficina e (Co)Laboratório de Roteiro Res-Telinha.
1° Dia
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INTRODUÇÃO
- O que é um roteiro? Um guia, um projeto para um filme. Um exercício de reflexão e compreensão do mundo, uma síntese da vida.
- O roteiristadeve buscar a compreensão sobre a dinâmica do universo e tudo mais.
Ex.: O modelo atômico se assemelha ao sistema solar em sua estrutura
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Há uma semelhança no modelo estrutural das partes. O átomo é formado pelo núcleo com elétrons e nêutrons em sua orbita. O sistema solar é formado pelo sol com os planetas em sua órbita. O átomo é a menor partícula da matéria. Um conjunto de átomos forma uma molécula que juntas, forma um elemento que dá forma a tudo que existe na terra. A terra junta com outros planetas na órbita do sol, forma o sistema solar que junto com outros sistemas, formam as galáxias que forma todo o universo. Há uma lógica nisso, roteirista?
- O roteirista deve ler sobre técnicas do seu ofício (para fugir delas) e ler roteiros de outros roteiristas. Além de filosofia, física, biologia, astronomia, gramática (é claro), antropologia, revistas de fofocas, autoajuda, motivação empresarial etc.
Assistir e re-assistir filmes (se possível com o roteiro na mão) identificando as camadas de tratamento.
Velar as intenções do projeto através da escrita.
- Por onde começar? “Há inúmeras formas de começar. Há pessoas que começam com um tema que lhes interessa ou que conhece bem (“vou tratar da violência brasileira”); há quem comece por um conflito pontual; outras, por um espaço ou imagem, por uma, por uma música, ou ainda pelo vislumbre de um personagem. Quer dizer, comece por onde você bem entender.” – Leandro Saraiva e Newton Cannito em Manuel, O Primo pobre dos manuais de cinema e tv
ROTEIRO NÃO É UMA RECEITA DE BOLO
NÃO EXISTEM REGRAS
REFERÊNCIAS
Bráulio Mantovani – Conceito de Dramaturgia
A Caixa Misteriosa de J.J. Abrans
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A JORNADA DO HERÓI
O Poder do Mito: Cáp. V – pág. 131, Joseph Campbell)
“Além disso, não precisamos correr sozinhos o risco da aventura, pois os heróis de todos os tempos a enfrentaram antes de nós. O labitinto é conhecido em toda sua extensão. Temos apenas de seguir a trilha do herói, e lá, onde temíamos encontrar algo abominável, encontraremos um deus. E lá, onde esperávamos matar alguém, mataremos a nós mesmos. Onde imaginávamos viajar para longe, iremos ter ao centro da nossa própria existência. E lá, onde pensávamos estar sós, estaremos na companhia do mundo todo.”
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Partida, Iniciação e Retorno
REFERÊNCIAS:
- Sequencia Inicial Rango Movie (Vídeo)
Após ser apresentado pela narração das corujas mariachis, Rango é inserido na história. O discurso dessa sequência é claramente traçado pela jornada do herói.
- “A Jornada do Escritor: Estruturas Míticas para Escritores” de Cristopher Vogler (Livro Completo em PDF)
- A Jornada do Herói: A Força Comum (Vídeo Youtube)
- Matrix
“Morpheus identifica Anderson como sendo a pessoa dentro da Matrix a quem ele acredita ser o escolhido (The One).”
ATIVIDADE
Criar um argumento em dez linhas com a estrutura da jornada do herói.
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O ROTEIRO CLÁSSICO: 3 ATOS
Manual do Roteiro: Cáp. I, Syd Field
ATO I: Início; Apresentação
ATO II: Meio; Confrontação
ATO III: Fim; Resolução
Diagrama Circular de Cristopher Vogler
REFERÊNCIAS:
Cidade de Deus
ATO I – Trio Ternura
ATO II – Dadinho o caralho, meu nome é Zé Pequenos, porra!
ATO III – Guerra de Zé Pequeno e Mané Galinha
“Se um escritor de prosa sabe o bastante sobre o assunto do qual está falando, ele pode omitir coisas que sabe e o leitor, se o escritor está escrevendo de forma verdadeira o bastante, sentirá essas coisas com tanta força como se o escritor as tivesse afirmado. A dignidade do movimento de um iceberg existe porque apenas um oitavo dele está acima d’água. Um escritor que omite coisas porque não as conhece apenas cria lugares vazios na sua escrita.” – Hemingway
“No ofício do roteirista – assim – como na vida quase nunca a melhor forma de dizer o que se quer é a forma direta e explicita. Insinuar uma visão torna-a mais poderosa, faz com que ela penetre pelos poros, em vez de passar pela porta da frente, submetendo-se ao crivo de nossa crítica. Não se trata, de modo algum, de “enganar” o público, mas de tentar oferecer algo que nem mesmo o público sabe que quer.” – Manuel, O Primo Pobre dos Manuais de Cinema e TV: Cáp. I, Leandro Saraiva e Newton Cannito
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AS INTENÇÕES DO ROTEIRO
Escrever para ver melhor o que anteviu.
REFERÊNCIA
- Cidade de Deus
A metáfora entre Zé Pequeno e Busca-Pé. Zé Pequeno age como um furacão, arrastando tudo e todos. Busca-Pé é o olho do furacão, que com a câmera, registra tudo.
ATIVIDADE
Escreva a intenção do argumento proposto e compartilhe através do grupo no Facebook.